Beethoven 250 anos
Vamos aprender um pouco com um dos maiores gênios da humanidade, Ludwig Von Beethoven.
“O resumo de sua obra é a liberdade, a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida”
Paul Bekker, crítico alemão
Ele era de origem simples e flamenca e por isso tinha o rosto mais escuro que a maioria dos alemães. O Von no seu nome não indicava nobreza. Seu avô mudou-se para a Alemanha e chegou a conduzir corais em capelas, seu pai também sabia de música e obrigou Beethoven a tocar piano desde cedo.
Infância
Seu pai queria que ele fosse um “novo Mozart” apesar do talento, Beethoven não era tão prodígio e seu pai não conseguiu lucrar com ele na infância.
Mudou-se para Viena em 1792, aos 21 anos, um antes da morte de Mozart para estudar com Haydn e por lá permaneceu até o final da sua vida.
Mozart, Haydn e Schubert
De (1278–1918). a Áustria foi dirigida pela dinastia Habsburgo sendo um dos territórios mais prósperos do mundo.
Viena foi um dos grandes centros culturais dos séculos XVIII e XIX e capital de um dos mais importantes impérios da época, o Império Austro-Húngaro que existiu de 1867 a 1918, quando entrou em colapso após a sua derrota na Primeira Guerra Mundial.
Na época que Beethoven viveu (1170-1827) três outros gênios da música faleceram em Viena.
Haydn : 1732, Rohrau, Áustria
+ 1809, Viena, Áustria
Mozart : 1756, Salzburg, Áustria
+1791, Viena, Áustria
Beethoven : 1770, Bonn, Alemanha
+1827, Viena, Áustria
Schubert : 1797, Viena, Áustria
+1828, Viena, Áustria
Além desses compositores nasceram ou viveram em Viena gênios da Economia como Carl Menger e Ludwig Von Mises. Além de pensadores como Sigmund Freud e Carl Gustav Jung e Artistas como Gustv Klimt.
Romantismo
Beethoven por ter sido cobrado por seu pai por ser tão expressivo quanto Mozart, sempre quis produzir algo grandioso. Músicos como Haydn e Mozart levaram o nível da música no estilo clássico até o patamar máximo. Beethoven foi um dos compositores que começou a retirar a formalidade das composições e permitir que a música expressasse não o virtuosismo técnico, mas as sensações.
Sonata ao Luar – Para uma menina que não podia ver as estrelas
A Sonata para piano n.º 14, Op. 27 foi muito tocada na época de Beethoven, que chegou a dizer que tinha feito músicas melhores. A “Sonata ao Luar”, que serviu de tema para inúmeros filmes e romances, só recebeu seu apelido em 1832, cinco anos depois da morte de Beethoven.
Dizem que ele escreveu essa música para uma menina cega para que ela pudesse imaginar como seria um luar.
Concerto para Piano – Imperador
A música que você está ouvindo, “Imperador” o Concerto para piano n.º 5 em Mi bemol maior, Op. 73.
Beethoven era um entusiasta da Revolução Francesa, das ideias Iluministas, mas ele se decepcionou muito quando viu o que efetivamente aconteceu. Viu o fracasso na ideia da Revolução, de que tirar a nobreza do poder era algo muito bonito, mas no final o que acabou acontecendo foi que um ditador tomou o poder e acabou concentrando nas mãos de uma pessoa só, causando guerras.
A queda da Bastilha aconteceu em 1789 e esta música foi escrita entre 1809 e 1811 em Viena, e foi dedicado ao Arquiduque Rudolf, patrono de Beethoven. A primeira apresentação aconteceu em novembro de 1811.
5ª Sinfonia – Uma Homenagem à Revolução de Napoleão
A Sinfonia n.º 5 em Dó menor Op. 67 Sinfonia do Destino, escrita entre 1804 e 1808, é uma das composições mais populares e mais conhecidas em todo repertório da Música Erudita Europeia, além de ser uma das sinfonias mais executadas nos tempos atuais.
Beethoven via o movimento de Napoleão Bonaparte como um movimento de libertação de toda a Europa. Ele compôs a sinfonia como uma forma de dar boas-vindas a Napoleão quando este se aproximava da Alemanha com o intuito de libertar os alemães. No final, o que acabou acontecendo e o que aconteceu e por isso ele passou a compor músicas com o objetivo oposto.
6ª Sinfonia – O retorno à Natureza em Pastoral
A sinfonia nº 6 em Fá Maior, opus 68 de Ludwig van Beethoven, também chamada Sinfonia Pastoral, é uma obra musical precursora da música programática. Esta sinfonia foi completada em 1808.
Esse período em que ele compõe esta música, Pastoral (que recebe o nome pelo fato de ele voltar ao campo, uma negação ao poder vigente, ele se volta a um grande movimento romântico da Alemanha, de retorno ao campo, muito defendido pelos próprios conservadores que também não viam com bons olhos o que vinha da França e o próprio movimento industrial que surgia na época. Inclusive, este foi um momento em que os conservadores se alinham com os cuidados ao meio ambiente.
9 Sinfonia – o Ápice
Quando Beethoven compôs a 9ª Sinfonia ele já estava quase surdo a ponto de não conseguir diferenciar pequenas variações nos instrumentos. Precisou imaginar toda a sinfonia na sua cabeça sem conseguir saber qual seria a resposta do público. Colocou um coral de mais de 100 vozes que precisou ficar em pé por mais de 1 hora o que causou alguns desmaios. Nenhum compositor havia feito isso antes.
Na estreia, Beethoven foi o maestro da apresentação e ao final, quando virou-se para o público e viu o entusiasmo da multidão, sabia que havia mudado a História da música, desmaiou depois dos aplausos.
A parte cantada da 9ª Sinfonia chama-se Ode a Alegria. Ode é um poema lírico composto de estrofes de versos com medida igual, sempre de tom alegre e entusiástico.
Beethoven apesar de chegar ao final da vida sem o sentido que fazia sua vida fazer sentido, não deixou de ser um entusiasta da existência.
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